
Nas últimas semanas, várias pessoas que concorreram ao concurso para contratação de auxiliares de ação educativa da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, fizeram chegar ao Bloco de Esquerda de V. N. de Famalicão denúncias de irregularidades que terão presenciado e que tiveram conhecimento.
Algumas denúncias referem-se às notas da prova escrita realizada em março passado e que, há quem garanta ter respondido corretamente a todas as questões e ter tirado nota negativa enquanto outras pessoas com manifesta dificuldade de leitura ou que terão realizado a prova em apenas 5 minutos terão tido boas notas.
Mas se as notas da prova podem ser sempre interpretada de forma subjetiva, há outras denúncias com maior gravidade e que se referem à própria realização da prova.
Há relatos de pessoas que terão realizado a prova com auriculares nos ouvidos. Tratamento diferenciado de quem fiscalizava a prova, umas pessoas era tratadas naturalmente enquanto outras de forma mais "áspera". Houve ainda quem garantisse ao BE ter conhecimento de uma pessoa que não terá realizado a prova porque teria estado a trabalhar nesse dia e que terá tido nota positiva na prova. Há relatos de pessoas que, antes ainda de terem realizado a prova escrita, terão afirmado que já sabiam que seriam selecionadas e até em que escola seriam colocadas.
Várias pessoas garantiram ter já contestado as notas junto da Câmara Municipal, outras aguardam ainda uma audiência e outras ponderam impugnar judicialmente o concurso.
O facto de estas denúncias terem sido feitas por bastantes pessoas, que não se conhecem umas às outras, leva o Bloco de Esquerda de V. N. de Famalicão a não ter dúvidas de que as irregularidades descredibilizam este concurso, descredibilizam a Câmara Municipal e acabaram por descredibilizar a própria democracia.
Cumprindo o compromisso eleitoral de zelar pelo rigor e transparência na gestão da “coisa pública”, o Bloco de Esquerda sente-se na obrigação de denunciar o evidente clientelismo, favorecimento e pagamento de favores manifestado nestas denúncias de quem participou no concurso. Exige-se assim que sejam encetadas as diligências necessárias por parte da Câmara Municipal, no sentido de ser respeitada a dignidade das pessoas que participam no concurso e para que o bom nome da Câmara Municipal não seja posto em causa.