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Direitos dos Cuidadores Informais em debate

O Bloco de Esquerda realizou uma sessão para debater “que direitos para os cuidadores e cuidadoras informais”, no auditório do Museu Bernardino Machado, em Vila Nova de Famalicão, com José Soeiro, deputado do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, e Ana Rute Marcelino, candidata do Bloco ao Parlamento Europeu.

O objetivo da sessão era “prestar contas sobre o trabalho desenvolvido” e “ouvir as pessoas, para compreender melhor os problemas que os cuidadores enfrentam diariamente”, refere Ana Rute Marcelino. A candidata ao Parlamento Europeu realça que “temos de falar de pessoas, não de números” e afirma que “o estado social é partilhar os problemas com a sociedade”. “O futuro tem de ser coletivo”, acrescenta.

José Soeiro esclareceu que a questão foi suscitada por uma petição de cuidadores e enalteceu o empenho da eurodeputada Marisa Matias no apoio a esta causa. O deputado, que foi relator do grupo de trabalho criado na Assembleia da República, criticou o Governo por “tentar bloquear a divulgação da parte propositiva do relatório”.

O dirigente bloquista refere que 80% dos cuidados são informais e que, em Portugal, há 800 mil cuidadores e cuidadoras. Soeiro justifica a urgência deste debate por ser “um trabalho socialmente invisível, não remunerado e sem reconhecimento, estando associado o maior risco de pobreza”.

“O Projeto de Lei do Bloco de Esquerda pretende aumentar dos cuidados formais, conciliar os direitos dos cuidadores com as necessidades de quem é cuidado e aprovar o Estatuto de Cuidador/a Informal, que articule alterações à legislação laboral, contabilização do tempo para efeitos de carreira contributiva, alargamento dos apoios sociais em montante e beneficiários, e o apoio aos cuidadores, como formação e direito ao descanso”, conclui.